A erosão costeira é um dos sérios problemas
que enfrentam diversas comunidades costeiras ao redor do globo. Poulton et al.
(2006) relatam que as consequências para a vida, os bens e o meio ambiente
podem ser enormes. Contudo, os perigos e as consequências são normalmente negligenciados
pelos proprietários privados de áreas costeiras e de forme igualitária poder
público nas suas diferentes esferas. Diante disto, a ocupação desenfreada é um
dos principais agentes transformadores em regiões com grandes riscos, uma vez
que os fenômenos naturais são em sua maioria previsíveis (Souza et al., 2005;
Suguio, 2010).
As áreas costeiras caracterizam-se pelas situações
de tênue equilíbrio dinâmico, como por exemplo, entre as taxas de deposição e
de erosão das feições costeiras, que caracterizam as costas em avanço ou em
retração, respectivamente (Suguio, 2010). Por sua vez, o seu estudo é um dos
aspectos fundamentais nas pesquisas desenvolvidas sobre os ambientes costeiro e
marinho, pois o conhecimento do grau de vulnerabilidade em relação à erosão da
linha de costa é informação fundamental para a definição dos limites passíveis
de serem edificados (Muehe, 2006). A vulnerabilidade costeira aborda a
probabilidade de exposição ao risco/perigo de ocorrências de processos erosivos
e com estas informações é possível a identificação dos locais onde devem ser
empreendidos maiores esforços de gestão sustentável de uso e ocupação da zona
costeira.
A abordagem de riscos e vulnerabilidade é
utilizada pelo gerenciamento costeiro com o objetivo de promover a segurança
das pessoas, já que os responsáveis pela sua implementação devem estar
preparados para detectar e tomar decisões que podem afetar a população como,
por exemplo, aqueles que constroem suas residências próximas às bordas de
falésias. Tais decisões dependem, prioritariamente, de se identificar quais os
processos que estão se desenvolvendo e com qual intensidade, com estas
informações, o processo de tomada de decisão será claro e seguro (Dewez et al.,
2013).
Além destes, com o estudo mais amplo é
possível definir quais as intervenções necessárias para a contenção do avanço
do mar em área densamente povoadas.
EROSÃO EM PRAIAS
Praias são erodidas quando elas perdem mais
sedimento do que ganham, uma questão de balanço sedimentar. Segundo Bird (2006),
o processo pode ser originado a partir do ataque das ondas durante tempestades,
bem a redução dos sedimentos originários dos rios e falésias. Em outras
palavras, a construção de um barramento em um rio a dezenas de quilômetros da
foz pode causar o desequilíbrio nas praias que recebiam os sedimentos deste
referido rio.
Vale salientar que em praias, tanto pode
acontecer a erosão quanto a acresão. A acresão é o fenômeno natural de engorda
da praia. Nas praias é comum que em determinado período do ano a mesma esteja
sofrendo o processo de acresão, e em outra parte do ano ocorra o processo
contrário de erosão de forma que se mantém o equilíbrio.
EROSÃO EM FALÉSIAS
Em falésias apenas acontece os processos
erosivos que podem ser causados por:
-Chuvas;
-Ventos;
-Sobrepressão;
-Ação do homem;
-Ondas;
-Mares;
-Expansão dos argilominerais;
-Intemperismos
biológico;
Los Angeles - EUA
Inglarerra
EUA
Inglaterra
Referências:
BIRD,
E.C.F. Coastal Geomorphology: An Introducion. 2ª Ed. Wiley,
Chichester, 2008.p.436.
DEWEZ,
T.J.B.; ROHMER, J.; REGARD, V.; CNUDDE, C. Probabilistic coastal Cliff collapse
hazard from repeated terrestrial laser surveys: case study from Mesnil Val. Journal
of Coastal Reserch, Special Issue n° 65, p. 702-7070. Abril
2013. doi: 10.2112/SI65-119.1
MUEHE,
D. O litoral brasileiro e sua compartimentação. In: Sandra Baptista da Cunha e
Antonio José Teixeira Guerra (orgs.), Geomorfologia do Brasil, pp.273-349,
Bertrand Brasil, 4ª ed., Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2006.
POULTON,
C.V.L.; LEE, J.R.; HOBBS, P.R.N.; JONES, L.; HALL, M.l. Preliminary investigation
into monitoring coastal erosion using terrestrial laser scanning: case study at
Happisburgh, Norfolk. British Geological Survey,
Keyworth, Nottingham, n°56, p. 45-64. 2006.
SOUZA,
C.R.G.; SUGUIO, K.; OLIVEIRA, A.M.S.; OLIVEIRA, P.E. “Quaternário do Brasil”,
p.130-152, Holos Editora, Ribeirão Preto, SP, 2005
SUGUIO,
K. Geologia do quaternário e mudanças ambientais.
2ª Ed. São Paulo, Oficina de Textos, p. 408. 2010.
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